sábado, 19 de junho de 2010

Enjoy the silence



Palavras como violência/Quebram o silêncio/Vem destruindo/O meu mundinho/Doloroso para mim/Perfura através de mim/Você não consegue entender/Oh, minha garotinha/Tudo o que eu sempre quis/Tudo o que eu sempre precisei/Está aqui em meus braços/Palavras são bem
Desnecessárias/Elas podem só machucar/Promessas são feitas para serem quebradas/Emoções são intensas/Palavras são insignificantes/Os prazeres ficam e a dor também/Palavras são sem sentido/E são esquecíveis ...Aprecie o silêncio...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mein Herz Brennt

Agora, lindas crianças, prestem bastante atenção
eu sou a voz que vem do travesseiro
eu trouxe para vocês algo comigo
que arranquei do meu próprio peito
com este coração, possuo o poder
de exercer controle sobre as pálpebras
eu canto até o dia despertar
uma luz brilhante no firmamento
Meu coração queima

Eles vêm até vocês à noite
Demônios espíritos fadas negras
Eles se arrastam para fora de cavernas subterrâneas
E vêm espiar embaixo de suas cobertas

Agora, lindas crianças, prestem bastante atenção
eu sou a voz que vem do travesseiro
eu trouxe para vocês algo comigo
uma luz brilhante no firmamento
Meu coração queima

Eles vêm até vocês à noite
e roubam suas cálidas pequenas lágrimas
eles esperam até que a lua desperte
e se esquivam dentro das minhas veias frias...

terça-feira, 15 de junho de 2010


Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alterava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos...

(
Edgar Allan Poe)